UPA da zona Norte completa um ano e 114 mil atendimentos

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona Norte de Marília completou, no último dia 14, um ano de funcionamento. Neste período, em meio a problemas com repasses por parte da Prefeitura de Marília e outras questões, chegou a números extraordinários. Os atendimentos bateram a marca dos 114.570. A unidade atende clínica médica, odontologia, ortopedia e traumatologia, pediatria e atendimento de assistência social.

O diretor Luiz Doretto destaca que a Unidade conta com cerca de 230 profissionais (entre médicos, enfermeiros, assistente social e técnicos), que fazem todos os atendimentos seguindo o protocolo de Manchester, que define a prioridade por meio de pulseiras coloridas. Ao chegar no local, o paciente é avaliado, para definir o grau de urgência. As cores são divididas em vermelho (urgência), laranja (muito urgente), amarela (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente).

“Quem recebe a fita vermelha é atendido imediatamente, pois o seu quadro de saúde representa risco de morte. Já os pacientes com a pulseira amarela, podem esperar até 50 minutos, pois o seu quadro não é de gravidade. Quem recebe a pulseira verde pode esperar até o máximo de até duas horas”, explica Doretto.

Conforme o profissional, a média de atendimento diário na UPA da zona Norte é de mais de 300 pacientes. “Por mês o atendimento chega a quase 10 mil pessoas. Isso representa um avanço bastante positivo, pois desafoga o Hospital das Clínicas, que era quem recebia esse volume de pacientes, antes de a UPA começar a funcionar”, destacou.

A diretora superintendente da ABHU (Associação Beneficente Hospital Unimar), que é responsável pela gestão da UPA zona Norte, Márcia Mesquita Serva Reis, ressalta o empenho da equipe para garantir a qualidade do atendimento. “Nós temos uma equipe muito empenhada, que está conosco desde o início. Foram poucas as mudanças e todos entenderam que é fundamental atender os pacientes da melhor maneira possível, para resolver o problema que cada um está enfrentando”, ressaltou.

Segundo Márcia Serva, outro aspecto positivo é que a UPA zona Norte ajudou a melhorar o atendimento no Hospital das Clínicas. “A partir do funcionamento da UPA nós ajudamos a desafogar o atendimento no HC, que antes da UPA atendida mais de 10 mil pessoas e agora, conforme foi apresentado por eles na recente inauguração das novas instalações, que esse atendimento vai chegar no máximo a 2,5 mil pessoas mês. Isso significa que a UPA está fazendo o trabalho dela, atendendo as pessoas e, dando resolutividade e encaminhamento somente se necessário”.

A UPA zona Norte é um serviço intermediário entre a atenção básica e as unidades hospitalares (terciário). Trata-se de uma unidade de saúde com portas abertas ao publico, que funciona 24hs, com intuito de atender casos de urgência e emergência. A UPA integra a rede de urgência e emergência do município, juntamente com o PA Sul, sendo a porta de entrada para os pacientes que necessitarem de encaminhamento para atendimento hospitalar. Almeja-se atender os usuários que necessitam de avaliação médica de urgência, solucionando os casos pontualmente e encaminhando os que necessitarem do atendimento terciário.

PRONTUÁRIO /Doretto anunciou que o próximo desafio da UPA zona Norte é implantar o sistema de prontuário eletrônico, como forma de melhorar ainda mais o atendimento aos pacientes. A proposta é implantar um sistema informatizado, que será responsável pelo cadastro de todos os pacientes e os procedimentos adotados quando do atendimento na UPA zona Norte.

Dessa forma, segundo o diretor, será possível fazer um acompanhamento mais detalhado da situação de cada uma das pessoas que são atendidas na Unidade. “A partir do prontuário eletrônico, será possível melhorar ainda mais o atendimento. Ao dar entrada para ser atendido, será apresentada a informação sobre o paciente, se ele já esteve na UPA, que tipo de atendimento recebeu, quais medicamentos foram ministrados e qual o quadro de saúde que apresentava. Isso vai dar uma qualidade ainda maior no atendimento a estes pacientes”, ressaltou.

A UPA utiliza como referência na Classificação de Risco o protocolo de Manchester, o qual subsidia a avaliação do quadro clínico do paciente para ser encaminhado ao atendimento médico, conforme urgência do caso.