Projeto Amor de Criança vai ganhar “reforço” do Fundo Social

O Fundo Social de Solidariedade de Marília vai apoiar o atendimento prestado pelo projeto Amor de Criança, que é desenvolvido no Hospital Unimar, por meio da ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário),  (Universidade de Marília), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e demais parceiros. A informação foi passada pela presidente do Fundo, primeira-dama Selma Regina Mazuqueli Alonso, após visita ao Ambulatório de Especialidades.

Ela destacou que ficou encantada com o trabalho que é desenvolvido pelo médico Dr. Francisco de Agostinho Júnior, com apoio de demais docentes dos curso de saúde (em suas diversas especialidades), alunos e voluntários. “Eu estive lá no café da manhã na última terça-feira (21/02) e fiquei emocionada de ver o trabalho das voluntárias, que preparam o café, que se dedicam para ajudar as mães e seus filhos”, relatou Selma Alonso.

A presidente disse ainda que o médico Dr. Francisco de Agostinho presta inestimável serviço às mães. “Conversando com as mães, elas relataram que o doutor Agostinho é um verdadeiro anjo na vida delas. Tanto que algumas apontaram evolução no quadro das crianças. O projeto é uma esperança de vida melhor para cada uma destas famílias”, ressaltou.

Diante do que observou na visita ao ambulatório, Selma Alonso destacou que vai colocar o Fundo Social de Solidariedade à disposição do projeto, para auxiliar os voluntários na obtenção de fraldas, alimentos e outras necessidades das famílias. “Nós vimos que são muitas as necessidades e a população mariliense é muito solidária. A gente vê isso no dia-a-dia do Fundo Social, pois sempre chega uma doação quando menos esperamos. E vamos ajudar o projeto também”, destacou.

O projeto Amor de Criança atende as crianças pertencentes ao SUS (Sistema Único de Saúde) com diagnóstico de paralisia cerebral de até 17 anos. “Atualmente são cerca de 100 crianças, marcadas pela limitação sócio econômica e que enfrentam as dificuldades burocráticas que o sistema obriga. Com um esquema de prioridades e atendimento individual o projeto tem procurado diminuir as carências de cada criança e de cada família provendo a recuperação física e aperfeiçoando a qualidade de vida com diminuição das carências materiais e emocionais”, destacou o médico Francisco de Agostinho.

O projeto conta com recurso humano especializado formado por médicos pediatras, com área de atuação em gastroenterologia, neurologia, pneumologia, ortopedia e endoscopia. Conta ainda com docentes e alunos que integram os cursos da Universidade de Marília das seguintes especialidades: fonoaudiologia, nutrição, psicologia, farmácia, enfermagem, fisioterapia, odontologia, pedagogia e educação física.

A fonoaudióloga  Paula Cristina Cola, que é uma das profissionais que atua junto ao projeto, destaca que o atendimento é feito duas vezes por mês, sempre às terças-feiras, atendendo toda a região (62 municípios). O encaminhamento é feito por meio do Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde),  via posto de saúde dos municípios. “A regulação de vagas é que determina o encaminhamento para o projeto. Uma vez atendidos aqui, os pacientes são encaminhados para as mais diferentes especialidades que necessitam, tudo por meio do SUS”, destacou.

A fonoaudiologa informou ainda que normalmente são pedidos vários exames, principalmente aqueles que podem apontar a disfagia (condição comum em pacientes com doenças neurológicas). “Ao identificar essa situação, é solicitado o exame videofloroscopia de deglutição, que é realizado no Hospital da Unimar, que nos dá toda a retaguarda de exames. Por meio desta análise, podemos ter uma ideia mais exata de como está a condição dessa criança.

PARCEIROS / Para cumprir com todos os objetivos com eficiência o projeto Amor de Criança conta com uma organização de voluntários como o Serviço Social da Secretaria Municipal da Saúde, Promotoria Pública Federal, Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Marinho Runner, Igreja Evangélica Agape, Rotary Club e voluntários individuais. Outras entidades como Banco do Brasil, SESI e ligas de especialidades formadas por alunos dos vários cursos colaboraram com o projeto beneficiando as crianças em suas necessidades especificas.

A fonoaudiologa Paula Cola relata que estas entidades tornam possível a materialização destes objetivos com formação de um banco de cestas básicas, um banco de fraldas, um banco de fórmulas e suplementos lácteos coordenados pela administração do ambulatório. Estes suprimentos são originários de doações voluntárias realizadas por pessoas que conhecem as crianças, suas famílias e se sensibilizam com tanta carência. Também atuam no projeto a Nestlé e a Danone, que fornece os primeiros suplementos para as crianças.